É considerado alfabetizado no nível intermediário o indivíduo capaz de localizar informação expressa de forma explícita ou não em textos diversos (jornalístico e/ou científico) realizando pequenas inferências. Ele também está apto a resolver problemas matemáticos envolvendo porcentagem e proporção, que exigem critérios de seleção, elaboração e controle. Além disso, o alfabetizado intermediário interpreta e elabora síntese de textos diversos (narrativos, jornalísticos ou científicos), relacionando regras com casos particulares, reconhece evidências e argumentos e confronta a moral da história com a própria opinião ou com o senso comum.
Por fim, ele reconhece o efeito de sentido ou estético de escolhas lexicais ou sintáticas, de figuras de linguagem ou de sinais de pontuação. Aqueles que estão no nível intermediário de alfabetismo conseguem realizar procedimentos com várias etapas em ambiente digital para avançar ou concluir uma tarefa.
Situação no Brasil
Até 2007, a porcentagem de indivíduos no nível Intermediário de alfabetismo oscilou em torno dos 21%. Em 2009, subiu para 27% e, nos anos seguintes, estabilizou-se no patamar dos 25%. É necessário superar a barreira que impede o deslocamento para os níveis superiores da escala, mesmo que a população tenha cada vez mais escolaridade.
Veja abaixo mais dados sobre o nível intermediário de alfabetismo funcional.
45%dos que chegam ao Ensino Médio são intermediários
43%têm entre 15 e 29 anos
53% são mulheres
42% vivem na capital ou na periferia, enquanto 58% moram no interior
Escolaridade não é garantia
Dos indivíduos com Educação Superior, dos quais se espera o nível máximo de proficiência, 36% ainda se encontram no nível intermediário, 18% estão no nível Elementar e 12% figuram no nível Rudimentar de alfabetismo funcional.