Os níveis de alfabetismo entre os grupos étnico-raciais que compõem a população brasileira refletem a desigualdade educacional que marca a educação do país: os dados apontam que 63% a população negra (pretos e pardos) entre 15 e 64 anos são analfabetos, enquanto entre a população branca o número cai para 34%. Ao analisar os dados que apontam para a escolaridade dessa população, é possível identificar que 69% das pessoas que nunca estudaram e 59% das que concluíram apenas até o ensino fundamental são negras, enquanto na população branca os números representam 29% e 38% respectivamente. O Inaf mostra que, em 2024, 41% das pessoas que se autodeclaram brancas alcançaram o nível de alfabetismo consolidado. Entre os negros, esse percentual é de apenas 31%. A maior parte da população negra está concentrada no nível Elementar de alfabetismo — uma etapa considerada de transição. Esses dados demonstram que, apesar dos avanços e das contínuas reivindicações por políticas públicas mais inclusivas, ainda há um longo caminho a ser percorrido para a superação das desigualdades raciais na educação brasileira.