É considerado alfabetizado em nível elementar o indivíduo capaz de selecionar, em textos de extensão média, uma ou mais unidades de informação, observando certas condições e realizando pequenas inferências. Ele também resolve problemas envolvendo operações básicas com números da ordem do milhar, que exigem certo grau de planejamento e controle. O alfabetizado funcional em nível elementar tem condição de comparar e relacionar informações numéricas ou textuais expressas em gráficos ou tabelas simples envolvendo situações de contexto cotidiano doméstico ou social. Reconhece, ainda, o significado de uma representação gráfica de direção e/ou sentido de uma grandeza.
Situação no Brasil
Alfabetizados em nível elementar saltaram de 28% da população, no início dos anos 2000, para 42%, em 2015. Na edição 2018 do Inaf, esse índice caiu para 34%. De qualquer maneira, trata-se do nível de maior percentual ao longo de toda a série histórica do Inaf. O represamento da população nesse nível não é um bom sinal, pois indica que o potencial de desenvolvimento que levaria os indivíduos aos níveis mais elevados de alfabetismo funcional não está sendo aproveitado como deveria.
Considerando que 74% da população nesse nível têm mais de 25 anos de idade e, portanto, já não estão em idade escolar, conclui-se que é preciso investir em processos de qualificação dessas pessoas para além do fortalecimento do sistema educacional. O mundo do trabalho e o contexto digital (no qual grande parcela da sociedade está inserida) são as principais possibilidades de desenvolvimento para esses indivíduos.
Veja abaixo mais dados sobre o nível elementar de alfabetismo funcional.
49%chegam ao Ensino Médio
13%alcançam à Educação Superior
66% são negros,entre os indivíduos alfabetizados funcionalmente no nível elementar
83%, no nível elementar,declaram viver com renda familiar de até 5 salários mínimos
55% vivem no interior,entre os indivíduos alfabetizados funcionalmente no nível elementar
O papel das novas tecnologias
O uso de telefone celular e da internet entre os indivíduos com alfabetismo elementar quase se equipara ao dos grupos logo acima na escala (intermediário e proficiente). 93% dos alfabetizados em nível rudimentar afirmam ter telefone celular e 82% disseram ter navegado na internet pelo menos uma vez nos três meses anteriores à pesquisa Inaf 2018. Esse cenário abre uma oportunidade de desenvolvimento por meio de aplicativos e cursos a distância que pode ser tão revolucionária como foi a própria disseminação recente desses recursos para praticamente toda a população.