São consideradas analfabetas pessoas que não conseguem realizar tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases, ainda que uma parcela delas consiga ler números familiares como o do telefone, da casa, de preços etc. Apresentam muita dificuldade em reconhecer e realizar operações básicas próprias das ferramentas digitais (hiperlink, touch, scroll, ampliação de texto ou imagem) para resolver tarefas mais simples da vida social contemporânea.
Situação no Brasil
Os resultados obtidos ao longo das dez edições do Inaf, em um período de 23 anos, mostram uma redução do número de analfabetos na população brasileira, caindo de 12%, em 2001-2002 e passando a oscilar entre 4%, e 7%, no limite da margem de erro nas mais recentes edições do indicador.
Veja abaixo mais dados relacionados ao nível Analfabeto na escala Inaf.
88%das pessoas sem escolaridade são consideradas analfabetas
6%dos analfabetos alcançaram ou concluíram o Ensino Médio
65% dos analfabetos vivem com renda familiar de até 1 salário-mínimo
76% dos analfabetos vivem no interior, 24% moram em capitais ou na periferia dos grandes centros
Mais de 6 a cada 10 analfabetos são negros (63%) e têm entre 50 e 64 anos (54%)
Tendência de queda precisa seguir
Apesar da tendência de queda no percentual de analfabetos verificada até 2015, observa-se uma estabilização da taxa em 2018 e 2024 em 8% e 7%, respectivamente. É possível que a reversão na tendência de queda na proporção de analfabetos na população jovem e adulta brasileira esteja associada à interrupção de processos formais e informais de aprendizado e desenvolvimento causados pelas medidas de isolamento durante a pandemia da Covid-19. Iniciativas de busca ativa para adolescentes, jovens e adultos que estão fora da escola bem como a ampliação e diversificação na oferta de alfabetização para os adultos são alguns dos caminhos que vêm sendo implementados para retomar os avanços que caracterizaram a primeira década do século 21.