Ilustração para o número 2
Analfabeto funcional

Nível rudimentar

22% da população brasileira 15 a 64 anos (Inaf 2024)

A pessoa com alfabetismo rudimentar é capaz de localizar informações explícitas, expressas de forma literal, em textos compostos essencialmente de sentenças ou palavras. Além disso, consegue comparar, ler e escrever números familiares (horários, preços, cédulas/moedas, telefones) identificando o maior e o menor valor e resolver problemas que exploram situações do dia a dia que envolvem operações matemáticas mais elementares. No entanto, não consegue realizar tarefas do cotidiano que envolvam textos um pouco mais longos e complexos, ou que exijam alguma operação matemática mais elaborada. Conseguem realizar tarefas da vida social mais básicas que requeiram o uso de ferramentas digitais.

Situação no Brasil

Ao longo dos anos de aplicação do Inaf, houve uma redução da proporção de brasileiros e brasileiras no nível rudimentar (que fazem um uso bastante limitado da leitura, da escrita e das operações matemáticas em suas tarefas do cotidiano), de 27%, em 2001-2002, para um patamar estabilizado de pouco mais de 20% desde 2009).

Com os avanços de aprendizagem conquistados nos níveis Analfabeto e Rudimentar, a redução de analfabetos funcionais (correspondente à soma desses dois níveis) foi de 10 pontos percentuais.

Conheça abaixo outros dados sobre o nível Rudimentar de alfabetismo funcional.

51%dos que têm até o 5º ano do Ensino Fundamental estão no nível Rudimentar

31%dos que têm nível rudimentar chegaram ou concluíram o Ensino Médio e 12% o Ensino Superior

37% dos que estão no nível rudimentartêm entre 50 e 64 anos

93% acessaram a internettodos os dias ou quase todos os dias ao longo dos três meses anteriores à entrevista

Pontos de atenção

Não basta o acesso à escola

A evolução dos percentuais em cada nível de alfabetismo tem forte correlação com o avanço da escolaridade da população. Mas estar na escola não tem sido fator suficiente para garantir que todos os indivíduos avancem como poderiam no nível de alfabetismo. A qualidade educacional, como mostram as avaliações de larga escala, vem se mostrando mais efetiva somente nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Para este grupo, iniciativas de recuperação das aprendizagens, a ampliação da jornada escolar acompanhada de uma estruturação curricular que fortaleça o desenvolvimento integral dos estudantes, a ampliação, diversificação e fortalecimento da oferta da Educação de Jovens e Adultos podem contribuir para favorecer o aprendizado nos anos finais e no Ensino Médio. Caso contrário, a própria escola continuará gerando analfabetos funcionais ou alfabetizados em nível elementar, que não conseguem desenvolver todo seu potencial como cidadãos.

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Reflexões e Perspetivas

Nesta seção, você encontra artigos de opinião, podcasts e textos analíticos que debatem os recortes temáticos produzidos com base nos resultados do Inaf.